terça-feira, 30 de novembro de 2010

HISTÓRIA DO UNO


A Fiat começou suas atividades no Brasil em 1976, na cidade mineira de Betim. O primeiro carro da montadora italiana produzido por aqui foi o 147, compacto que ficou famoso pelas dimensões reduzidas e espaço interno de carro grande.

O sucesso do modelo nos primeiros anos acabou diminuindo na década de 80. Era um sinal de que o 147 já estava cansado. A Fiat precisava encontrar um sucessor à altura e decidiu ir até a Itália para buscar seu novo carro brasileiro: o Uno.

Apresentado em 1983, na base de lançamentos de foguetes de Cabo Canaveral, nos EUA, o Uno foi o primeiro carro mundial da Fiat. Ele começou a ser projetado no final da década de 70 e tinha como objetivo aposentar o veterano 127 (que serviu como base para o 147 brasileiro).

O projeto do italiano Giorgetto Giugiaro foi aprovado pela Fiat em 1979, mas a produção em série só foi iniciada em 1982. O desenho de linhas retas impressionava pela modernidade, destoando de seus concorrentes na época. Detalhes curiosos, como as maçanetas embutidas na versão com duas portas e o limpador de para-brisa com braço único, chamavam atenção.

O interior primava pela funcionalidade. A preocupação com a ergonomia era notada no fácil acesso aos comandos, que ficavam agrupados próximo ao volante. O espaço interno também impressionava, principalmente pelo teto elevado que tornava a sensação de amplitude ainda maior.

Foi em agosto de 1984 que a Fiat iniciou a produção do Uno no Brasil. A versão tupiniquim era praticamente idêntica à italiana. Uma das poucas diferenças era o desenho do capô, que permitia a acomodação do estepe no cofre do motor – o modelo europeu levava o pneu sobressalente no porta-malas –, como no finado 147. A Fiat também fez mudanças na suspensão, que foi ligeiramente elevada, e no motor, que foi modificado para resistir às (péssimas) condições das estradas brasileiras.

O carro não fez sucesso logo de cara. Seu desenho inédito dividiu opiniões. Houve até quem apelidasse o Uno de “botinha ortopédica”, por suas formas retilíneas. Apesar da polêmica, o Uno caiu no gosto dos brasileiros pouco tempo depois.

Inicialmente, ele era oferecido nas versões S e CS, que utilizava motores de 1.048 cm3 a gasolina (que gerava 52 cv) e 1.297 cm3, com 58,2 cv a gasolina e 59,7 cv no caso da versão a álcool. Em 1985, o lançamento do Uno SX, uma versão um pouco mais requintada, elevou a potência do carro para 71,4 cv.

Mas a variante mais atraente do Uno chegaria em 1987. A versão 1.5 R foi um dos sonhos de consumo dos jovens, com faixas pretas nas laterais, calotas esportivas e a tampa do porta-malas em preto fosco. Os cintos de segurança vermelhos eram outra marca registrada do esportivo, que travava um duelo interessante com o Escort XR3.

A popularização definitiva do Uno aconteceria no início dos anos 90. O Mille inaugurou o segmento de carros populares no Brasil, que responde até hoje pela maioria das vendas de veículos novos.

O motor de 994,4 cm3 desenvolvia 48 cv e não primava pelo desempenho. A lista de equipamentos era escassa: o Mille não tinha saídas de ar laterais do painel, câmbio de cinco marchas, marcador de temperatura do motor e nem servofreio.

Mesmo assim, a novidade da Fiat agradou em cheio os consumidores e fez com que outras marcas lançassem versões despojadas de modelos como Chevette e do Gol.

Enquanto colhia os frutos do Mille 1.0, a Fiat decidiu ser pioneira mais uma vez. O Uno Turbo foi o primeiro carro produzido em série equipado com turbocompressor e deu continuidade ao sucesso do esportivo 1.6 R.

O motor de 1.372 cm3 contava com o auxílio do intercooler para gerar 118 cv e um torque máximo de 17,5 mkgf. A aceleração de 0 a 100 km/h era realizada em 9,2 segundos e a velocidade final atingia os 195 km/h. Era o legítimo carro de imagem, daqueles que tinham tudo para virar objeto de desejo de toda uma geração.

Em 1995, o Mille 1.0 ganhou injeção eletrônica nas versões i.e e EP, elevando a potência do carro para 58 cv. Apesar do prestígio, o fim da linha para o Uno Mille parecia próximo em 1996. O lançamento do Palio, hatchback de projeto moderno desenvolvido na Itália e no Brasil, era uma ameaça ao futuro do bem-sucedido popular.

Mas quem apostou na aposentadoria do Mille se deu mal. Enquanto as versões mais requintadas, à época equipadas com motores 1.5 e 1.6, foram descontinuadas, a Fiat continuou oferecendo o Mille, como opção mais acessível ao Palio. A linha 1997 possuía a versão SX e a série limitada Young, que poderia ser personalizada com adesivos de gosto bastante duvidoso.

No ano seguinte, o Mille SX virou EX e, em 2000, o carrinho ganhou o sobrenome Smart, juntamente com uma nova grade dianteira. Um ano depois, o veterano motor Fiasa se despedia para ceder lugar ao moderno Fire 1.0, de 55 cv (o mesmo utilizado no Palio). Peças como a coluna de direção e os espelhos retrovisores também eram emprestados do Palio.

Em 2004, o Mille sofreu mais uma reestilização, a mais profunda desde seu lançamento. Faróis, grade frontal, para-choque dianteiro e lanternas foram redesenhados, mas sem alterar as características do projeto original. Em 2005, a onda flex chegou ao Mille, que passava a gerar 66 cv com álcool ou 65 cv com gasolina no tanque. No mesmo ano, a grade cromada – muito criticada pelo efeito visual duvidoso – foi trocada por uma peça mais discreta.

Apesar do visual datado, a Fiat procurava manter o Mille atualizado com as tendências do mercado. Tanto é que, em 2006, a montadora lançou a versão Way, equipada com adereços típicos dos “aventureiros urbanos”, segmento inaugurado pela própria Fiat em 1999 com a Palio Adventure.

Dois anos atrás, a Fiat lançou a versão Economy, com pequenas mudanças no motor e a adoção do econômetro, mostrador no painel que indica se a condução do motorista está priorizando o menor consumo de combustível.

A chegada do Novo Uno, em maio de 2010, coloca o Uno em evidência mais uma vez. Totalmente renovado, o carro não tem nada de seu antecessor a não ser o nome. Assim como no caso do Palio, o lançamento do Novo Uno não aposentará o Mille. Ele continuará sendo vendido e já tem até linha 2011, que apresenta novos pacotes de opcionais, que incluem até rádio com reprodução de arquivos em MP3 e subwoofer no porta-malas.

Dizem que o Mille, enfim, sairá de cena em 2014, quando a lei brasileira obrigará que todos os carros vendidos no Brasil saiam de fábrica com freios ABS e airbag duplo. Mas convém não duvidar do potencial deste veterano, que soube resistir à ação do tempo com muita valentia.

Fonte: http://quatrorodas.abril.com.br/reportagens/historia-uno-556159.shtml

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Da pesada - Actros será feito em Juiz de Fora



O caminhão passará a ser fabricado na ociosa unidade mineira da Mercedes, de onde já saíram os automóveis Classe A e CLC
De Foz do Iguaçu (PR) - Ao volante do Mercedes-Benz Actros bitrem, com 57 toneladas de carga, a sensação é a de estar dirigindo um automóvel de luxo abarrotado de passageiros e malas. Do sensor de proximidade de veículos à frente ao câmbio automatizado PowerShift, que proporciona trocas de marchas sem o uso da alavanca, não faltam recursos de conforto ao extrapesado, que passa a contar com a versão 2546 LS 6x2 em setembro – as opções 2646 LS 6x4 e 4844 8x4 basculante vêm da Alemanha desde maio. Importação que não impede a marca de três pontas de almejar vendas maiores num segmento dominado pela Scania, já que o Actros será montado em CKD (as peças são importadas em kits montadas no país), em Juiz de Fora, na Zona da Mata, no próximo ano. Em 2012, o caminhão passará a ser fabricado na ociosa fábrica mineira, de onde já saíram os automóveis Classe A e CLC.

“Esperamos produzir de 10 mil a 15 mil unidades/ano até 2013, com um índice inicial de componentes nacionais de 44%. Dependendo da demanda, poderemos aumentar a produção”, planeja o presidente da Mercedes-Benz do Brasil, Jürgen Ziegler. O volume está aquém da futura capacidade da planta, que poderá fabricar até 50 mil caminhões/ano por meio de investimentos de R$ 1,2 bilhão, que incluem a unidade de São Bernardo do Campo (SP). Na unidade paulista, o volume de caminhões produzidos saltará de 65 mil para 75 mil unidades/ano.

Posicionado acima do Axor, presente no Brasil desde 2005, o Actros está em sua terceira geração e pode vir em três versões com diferenças de equipamento e altura da cabine: Leito Teto Alto Conforto, Megaspace Alto Conforto e Megaspace Segurança. O piso é totalmente plano na opção mais cara, cujo ar-condicionado funciona até oito horas com o motor desligado. Também há sistemas de alerta de mudança involuntária de faixa de rolagem, faróis e limpadores do para-brisa com acionamento automático.

O motor é um 12 litros V6 turbodiesel, com 456 cavalos de potência e 224kgfm de toque a 1.080rpm. Câmbio automatizado de 12 velocidades, sem pedal de embreagem, suspensão a ar, freios ABS e controle de tração são outros recursos presentes em toda a linha, que parte de R$ 370 mil para a versão 2546 6x2 Conforto, e chega a R$ 517 mil no 4844 8x4 Basculante. A garantia é de dois anos, sem limite de quilometragem.


Fonte: http://noticias.vrum.com.br/veiculos_nacional/template_interna_noticias,id_noticias=40313&id_sessoes=4/template_interna_noticias.shtml

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Antigos do Brasil - Chrysler Esplanada


Lançado no Salão do Automóvel de 1966, o sedã Esplanada foi o sucessor do Chambord. Modelo usava o mesmo motor Emi-Sul, que tinha desempenho bastante satisfatório
A Chrysler assumiu o controle da Simca do Brasil em 1967. A essa altura, o Esplanada já tinha aposentado o belo modelo Chambord e o desempenho vexatório já era coisa do passado. O recém-adotado motor Emi-Sul (com câmaras de combustão hemisféricas), um V8 de 2.414cm³, fornecia potência de 140cv para o sedã. Lançado no Salão do Automóvel de 1966, o Esplanada não era um modelo propriamente novo, e sim o velho Chambord com a frente e a traseira completamente remodeladas.
O resultado foi satisfatório e as linhas de fato ficaram mais atuais. Os faróis circulares tinham formato hexagonal e a grade era formada por linhas retas horizontais. Na traseira, as lanternas ainda avançavam para trás, mas o apelo “rabo de peixe” deu lugar a uma proposta mais sóbria. Apesar de usar o mesmo motor do Chambord, a fábrica anunciava que o Esplanada passou por testes severos e 53 aperfeiçoamentos mecânicos nos Estados Unidos. De certa forma, a linha Esplanada seguiu os mesmo passos que seu antecessor, com versões de luxo, esportiva e despojada.

VERSÕES O Esplanada de luxo podia vir com teto de vinil, além de bancos e volante revestidos em couro, vidros Ray-Ban, tapete de veludo, rádio e apliques de jacarandá no painel. Já a versão pelada do modelo foi batizada como Regente. Apesar de a perua Jangada ter sido a única sobrevivente da família Chambord, logo também deixou de ser fabricada. Dizem que foram feitos três protótipos de perua para o Esplanada, mas no fim o modelo não teve mesmo essa carroceria.
GTX Em 1968, o modelo passou por um face-lift, com destaque para os faróis (dois pares circulares na posição vertical) e a grade. A versão esportiva foi lançada no mesmo ano. Com faixas laterais e grade pretas, cores vivas, rodas esportivas e pneus radiais, a mortalha esportiva do Chrysler GTX chamava a atenção nas ruas. Por dentro, o GTX trazia volante esportivo, conta-giros, cinto de segurança (!) e bancos em couro, sendo os dianteiros individuais. Os opcionais eram tomadas de ar (com função apenas decorativa), teto de vinil e faróis auxiliares. O motor era o mesmo e a caixa de quatro marchas com a alavanca ficava no assoalho. A velocidade final era de 165km/h, o que não combinava com os freios a tambor que sempre acompanharam o modelo. Em 1969, a linha Esplanada deixou de ser fabricada para dar lugar ao Dodge Dart.

Fonte:http://noticias.vrum.com.br/veiculos_nacional/template_interna_noticias,id_noticias=39082&id_sessoes=8/template_interna_noticias.shtml

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Carros e seus nomes

Não é à toa que as fabricantes tomam bastante cuidado na escolha do nome dos seus carros. Sem um bom nome fica mais difícil ter sucesso num mercado bastante acirrado, não? Mas há exceções, como você pode conferir na galeria acima. Às vezes falta, digamos, um pouco mais de cuidado na hora das marcas batizarem seus rebentos. Ou será que acharam que Suzuki Capuccino e Mazda Laputa eram mesmo boas escolhas? De qualquer forma, vale dar uma olhada nos 20 nomes mais estranhos cravados nas carrocerias de automóveis que conseguimos lembrar.

Suzuki Swift ,Simca Jangada, Kia Picanto, Nissan navara, Nissan moco, Mazda Laputa,Kia besta, Kandi coco, Honda jazz, GMC gremilim, Ford figo, Ford pinto, Ford Falcon, Effa Plutus, Citroen c4 Picasso, Chana Family, Suzuki Cappuccino, Buick Lacrosse, Mitsubishi Montero, Chevrolet Nova




foto Ford Pinto

fonte:http://revistaautoesporte.globo.com/Revista/Autoesporte/0,,EMI183591-17042,00.html

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

1º cinto de segurança do mundo


Uma das mais importantes invenções , o cinto de segurança de três pontos, passa a ser exposto em um dos museus mais importantes do mundo, o Smithsonian National Museum of American History, em Washington (EUA). A invenção da Volvo vai fazer parte de uma mostra histórica dos 75 anos de melhorias na segurança automotiva.

O dispositivo fez 50 anos de existência e a unidade que ficará exposta veio de um modelo Volvo PV 544 de 1961, com toda sua estrutura, além do banco original.O criador do equipamento, o sueco NIls Ivar Bohlin fez parte do Automotive Hall of Fame em 1999.

Fonte http://revistaautoesporte.globo.com/Revista/Autoesporte/0,,EMI154904-17042,00.html